Na manhã desta quinta (10), o auditório Farol da Barra sediou a VII conferência do Pensamento Comunicacional Brasileiro (PENSACOM), com temática geral voltada para os desafios da comunicação e da cultura no mundo pós-pandemia. O evento foi promovido pela INTERCOM junto com o Serviço Social do Comércio (SESC), e contou com o apoio da Cátedra UNESCO de Comunicação (UMESP).

A abertura do evento ficou com os palestrantes Moisés Sbardelotto (Unisinos), Andrea de Araujo Nogueira (Gerente do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo), e Edson Martins Moraes (Técnico de Programação do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo). O responsável pela mediação foi Rodrigo Gabrioti (INTERCOM/ESAMC).

“A palavra do ano foi infodemia.” Foi assim que o pesquisador Moisés Sbardelotto iniciou sua fala sobre a forma como a notícia é tratada nos tempos de pandemia. Para ele, quem define o que vai se tornar público ou não é o sujeito e isso fica mais notório com o crescimento da cultura digital.

Já Andrea Nogueira e Edson Moraes contaram um pouco sobre a adaptação dos projetos do SESC, como o ‘Centro de Pesquisa e Formação’ e o ‘Em Casa Com O Sesc’, para o contexto atual, que não permite eventos presenciais.

Alternativas em meio à pandemia

A segunda mesa da manhã contou com Nair Prata (UFOP/INTERCOM), Sônia Jaconi (INTERCOM) e Mamadou Gaye (Aliança Francesa-BA), sob a mediação de Eliane Mergulhão (UNIP/FATEC).

A professora e pesquisadora Nair Prata apresentou 12 experiências brasileiras onde o rádio foi uma grande alternativa para os alunos estudarem durante a pandemia. Segundo ela, o rádio convocou-se novamente ao protagonismo para parte da sociedade que não tem acesso ao digital. 

Foi debatendo ferramentas da comunicação em ações educativas que a pesquisadora Sônia Jaconi contou sobre o caso da Rede Municipal de Ensino de Corrente, no Piauí, e como a parcerias com rádios e supermercados locais ajudaram os alunos a terem acesso às aulas durante esse período. 

Por fim, o comunicador e pesquisador Mamadou Gaye (Aliança Francesa-BA) discutiu a relação de confiança dos cidadãos na palavra pública e o papel da cultura na reconexão das pessoas. O evento encerrou com a fala de Ricardo Alvarenga, coordenador do grupo de pesquisa do Pensacom.